Oi Tulipas, hoje resolvi passar aqui pra contar pra vocês um segredo: os humanos são complexos! Com certeza você pensou "isso não é novidade pra ninguém", mas a novidade vem atribuída a infinitude de interpretações que podem ser dadas a essa frase. É aí que se dá o ápice da complexidade humana: transformar o simples no paradigma mais complexo da história da humanidade. Os humanos possuem uma habilidade nata de oscilar em um tempo incalculável de transição: felicidade e tristeza, ter dúvida e logo após ter certeza, amar e não amar.
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Quem disse que essa complexidade é sempre ruim? Tem que goste... |
É preciso paciência para se conter, afinal de contas se somos todos humanos - eu, você, nossos amigos, familiares e desconhecidos - fomos todos tecidos em uma rede de complexidade infindável. Quando tem amor no meio a coisa fica ainda pior: você já se machucou tanto que se quer sabe se realmente está apaixonado de novo, você só sabe que não quer mais sofrer e fica nessa constante incerteza, será que vou pular em um lago raso de águas mornas e cair num mar revolto com grandes ondas?
Não dá pra ter certeza, o que se sabe é que existe dentro de si aquele desejo de poder viver o que está sendo sentido, mas mantendo-se sóbrio. Quando se trata de amizade a espera pelo outro torna-se um vício - compreensão, entendimento, compartilhamento são as matérias base das relações, mas a reciprocidade é o determinante: esperar que o outro faça por você o mesmo que você faz por ele, mas que sentido há em serem iguais? A complexidade da vida nos molda de formas diferentes, como poderia esperar de alguém algo que eu faço, se assim fosse possível, as relações não seriam necessárias já que o amor próprio nos bastaria.
A construção do amor ao outro nos põe em maus lençóis (sempre), via de regra não dá pra definir alguém com base no que nós sabemos dela. Às vezes até resistimos em definirmos nós mesmos, por que não termos certeza de quem somos. A complexidade das pessoas parte dos níveis mais básicos até os ainda não desvendados. Se uma pequena célula no nosso corpo possuí uma complexidade particular, contabilize isso em todas as células do seu corpo e perceba que você é complexo desde o seu desenvolvimento enquanto ser vivo.
Escrevi tudo isso pra dizer que depositar esperanças nos outros é autodegradante, mesmo que você acredite que conhece aquela pessoa muito bem, estamos passíveis e sujeitos a mudanças. Esperar que o outro nos compreender é exigir de alguém algo que nem você mesmo pode fazer. Se definir é se limitar e esperar que o outro te enxergue como você se vê é tornar-se suscetível a dor. As desilusões nascem do sentimento de esperança, então... não espere! Se entender, se conhecer e se reconhecer é um exercício diário - que deve ser feito não só externamente - se você não se conhece você não pode exigir isso de ninguém. O mesmo vale se falar de amor...
Um beijo, um queijo, um xêro, sintam-se tod@s abraçad@s. Não enlouqueçam, nunca se esqueçam de desacelerar.
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