Ultimamente tenho me pego chorando em uma grande gama de filmes, a maior parte deles romances. Aqueles romances clichês onde o casal supera as dificuldades pra ficarem juntos. A diferença é que cada filme tem um conteúdo diferente e consigo trás uma carga emocional diferente, e quando vejo, já me dispus enlouquecidamente a chorar.
O que acontece é que cada história contada se encaixa perfeitamente na vida de alguém, seja a diferença geográfica, seja a família, seja a carreira, seja a posição social, no final das contas existe sempre um motivo pra o casal protagonista não ficar juntos ao longo da trama, as vezes (na maioria delas) é só orgulho mesmo. O que me deixa preocupada é perceber que os finais felizes dos filmes na verdade não são finais. É o final daquela parte da história, mesmo que longa, onde o casal consegue finalmente ficar junto, mas a vida não acaba ali. Nesse pequeno choque é que percebo que a vida não é um filme, por mais que as histórias contadas nas telonas se pareçam com a vida real.
A vida não é um filme, infelizmente, então o final feliz para aquela história pode nunca chegar. Nós nunca saberemos quando é o final, porque o final da nossa história só acontecerá quando deixarmos de existir. O que acontece depois do "e viveram felizes para sempre"? Ninguém pode responder, nem uma continuação daquele filme maravilhoso que descreve a história da sua vida. Vamos falar então sobre "Ela é demais pra mim", o filme mais exageradamente clichê e verídico que vi nos últimos tempos. Se você não faz parte dessas história, você conhece alguém que faz.
Aquele casal que se conheceu de uma forma bem estranha, ou que já se conheciam e passaram a se olhar com outros olhos. Se fazem bem de uma maneira que não dá pra explicar - mas sempre existe algo pra quebrar a harmonia das histórias de amor. A famosa trama "a dama e o vagabundo": a menina rica, bem sucedida, com carreira e estudos, o menino pobre, com uma família bagunçada, uma decepção amorosa e sem perspectiva. Pronto, se depois dessa descrição você pensou automaticamente em alguém eu já posso concluir que todo mundo previu o final desse filme.
O problema é que na vida real os personagens dessa história não passam por cima dos seus padrões. Abrir mão algumas vezes é "deixar pra trás" e nem todo mundo está preparado pra isso. A vida não é como num filme, que o orgulho é sempre menor que o desejo de amar. Na vida real a quantidade e a intensidade das vezes que se quebra a cara é muito maior, até porque não se resume a pouco menos de duas horas de história.
Então alguém por favor me trás um remédio? Porque eu preciso parar de assistir romances hollywoodianos - eles enchem os corações de esperanças em uma realidade que não existe. Coisa é quando resolve assistir um filme que promete te dar um choque de realidade "Ele não está tão afim de você" e no final das contas o filme te dá mais uma dose de doce e saborosa ilusão. Como é que faz pra parar?
Tulipas, amor é doido né? Que não se perca a fé na esperança e o amor em nós. Grande beijo, um xeiro, um abraço. <3
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