Este Blog nasceu com uma finalidade: relaxar. Duas amigas, sem cobranças, sem metas, sem datas, compartilhando o que houver de momentâneo. Comidas, maquiagem, militância, jogos, música, sentimentos, momentos, esquisitices e afins, vai estar tudo aqui, com o melhor do gostinho que só Salvador sabe temperar as coisas. Então quando você achar que precisa TAKE IT EASY, estaremos aqui.

Ninguém sabe de tudo

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

     Não dá pra brincar com a capacidade que o tempo tem de mudar as nossas vidas. Quantas vezes você se pegou refletindo sobre a transitoriedade das coisas? Aquela pessoa que era muito importante, muito presente, que estava sempre com você há alguns anos e hoje você nem sabe onde anda? Aquele amor que pareceu ser a coisa mais intensa que você ia viver na vida e hoje mal parece uma fagulha? Tá mais para uma ponta de cigarro que você nem lembra ter acendido.
     É isso que eu preciso falar hoje, sobre como o tempo muda as certezas de lugar. Sobre como a gente acha que as coisas não têm jeito e como está tudo determinado. Acredite primeiro que a maior parte dos clichês são verdade e que o tempo é quem arruma tudo. O tempo te prova como aquilo que parece ruim, na verdade é um "mal necessário" que lá na frente você nem vai considerar um mal. O tempo é o responsável de te mostrar como todos os erros cometidos são importantes pra construção de quem você é, como todos os momentos ruins na verdade são momentos de transformação da realidade, como  todos os momentos insuperavelmente bons sequer chegam perto dos momentos extraordinariamente maravilhosos em que você vai ver.

     É preciso ter certeza de uma coisa: se as coisas podem piorar, elas podem melhorar. Se as coisas podem ficar muito ruins, elas também podem ficar muito boas e que não existe um limite, nem um adjetivo que possa expressar a possibilidade ascendente da sua vida. O tempo vai te surpreender, não duvide.
     Quando você olhar pra trás vai perceber que cada erro levou você a um momento incrível, que cada momento de dor te mostrou como se pode ser intenso quando o amor aparece. O tempo pode te mostrar como as coisas se encaixam perfeitamente nos devidos lugares: as bagunças, as confusões, os passados - todos eles são parte de um todo que você só enxerga quando acontece.
     Porque eu tô escrevendo tudo isso? Pra que você a partir de agora nunca esqueça que independente do momento em que você está agora, ele é só um pedaço - é uma fatia de algo que ainda vai te surpreender. O tempo tem o poder de te mostrar que a vida vai muito além do que se vê. O tempo é responsável por cada reviravolta... só vivendo pra acreditar.

     Então vivam minhas tulipas, e não esqueçam: o tempo sabe, cura, prova e principalmente surpreende. Ele vai mudar suas coisas de lugar, não tenha duvida disso. Grande beijo, um xêro. <3

A vida não é um filme

     Ultimamente tenho me pego chorando em uma grande gama de filmes, a maior parte deles romances. Aqueles romances clichês onde o casal supera as dificuldades pra ficarem juntos. A diferença é que cada filme tem um conteúdo diferente e consigo trás uma carga emocional diferente, e quando vejo, já me dispus enlouquecidamente a chorar.
     O que acontece é que cada história contada se encaixa perfeitamente na vida de alguém, seja a diferença geográfica, seja a família, seja a carreira, seja a posição social, no final das contas existe sempre um motivo pra o casal protagonista não ficar juntos ao longo da trama, as vezes (na maioria delas) é só orgulho mesmo. O que me deixa preocupada é perceber que os finais felizes dos filmes na verdade não são finais. É o final daquela parte da história, mesmo que longa, onde o casal consegue finalmente ficar junto, mas a vida não acaba ali. Nesse pequeno choque é que percebo que a vida não é um filme, por mais que as histórias contadas nas telonas se pareçam com a vida real.


     A vida não é um filme, infelizmente, então o final feliz para aquela história pode nunca chegar. Nós nunca saberemos quando é o final, porque o final da nossa história só acontecerá quando deixarmos de existir. O que acontece depois do "e viveram felizes para sempre"? Ninguém pode responder, nem uma continuação daquele filme maravilhoso que descreve a história da sua vida. Vamos falar então sobre "Ela é demais pra mim", o filme mais exageradamente clichê e verídico que vi nos últimos tempos. Se você não faz parte dessas história, você conhece alguém que faz.
      Aquele casal que se conheceu de uma forma bem estranha, ou que já se conheciam e passaram a se olhar com outros olhos. Se fazem bem de uma maneira que não dá pra explicar - mas sempre existe algo pra quebrar a harmonia das histórias de amor. A famosa trama "a dama e o vagabundo": a menina rica, bem sucedida, com carreira e estudos, o menino pobre, com uma família bagunçada, uma decepção amorosa e sem perspectiva. Pronto, se depois dessa descrição você pensou automaticamente em alguém eu já posso concluir que todo mundo previu o final desse filme. 
     O problema é que na vida real os personagens dessa história não passam por cima dos seus padrões. Abrir mão algumas vezes é "deixar pra trás" e nem todo mundo está preparado pra isso. A vida não é como num filme, que o orgulho é sempre menor que o desejo de amar. Na vida real a quantidade e a intensidade das vezes que se quebra a cara é muito maior, até porque não se resume a pouco menos de duas horas de história.
      Então alguém por favor me trás um remédio? Porque eu preciso parar de assistir romances hollywoodianos - eles enchem os corações de esperanças em uma realidade que não existe. Coisa é quando resolve assistir um filme que promete te dar um choque de realidade "Ele não está tão afim de você" e no final das contas o filme te dá mais uma dose de doce e saborosa ilusão. Como é que faz pra parar?
      Tulipas, amor é doido né? Que não se perca a fé na esperança e o amor em nós. Grande beijo, um xeiro, um abraço. <3

COMPLEXOS

sábado, 1 de outubro de 2016

   Oi Tulipas, hoje resolvi passar aqui pra contar pra vocês um segredo: os humanos são complexos! Com certeza você pensou "isso não é novidade pra ninguém", mas a novidade vem atribuída a infinitude de interpretações que podem ser dadas a essa frase. É aí que se dá o ápice da complexidade humana: transformar o simples no paradigma mais complexo da história da humanidade. Os humanos possuem uma habilidade nata de oscilar em um tempo incalculável de transição: felicidade e tristeza, ter dúvida e logo após ter certeza, amar e não amar. 
Quem disse que essa complexidade é sempre ruim? Tem que goste...

   É preciso paciência para se conter, afinal de contas se somos todos humanos - eu, você, nossos amigos, familiares e desconhecidos - fomos todos tecidos em uma rede de complexidade infindável. Quando tem amor no meio a coisa fica ainda pior: você já se machucou tanto que se quer sabe se realmente está apaixonado de novo, você só sabe que não quer mais sofrer e fica nessa constante incerteza, será que vou pular em um lago raso de águas mornas e cair num mar revolto com grandes ondas?
   Não dá pra ter certeza, o que se sabe é que existe dentro de si aquele desejo de poder viver o que está sendo sentido, mas mantendo-se sóbrio. Quando se trata de amizade a espera pelo outro torna-se um vício - compreensão, entendimento, compartilhamento são as matérias base das relações, mas a reciprocidade é o determinante: esperar que o outro faça por você o mesmo que você faz por ele, mas que sentido há em serem iguais? A complexidade da vida nos molda de formas diferentes, como poderia esperar de alguém algo que eu faço, se assim fosse possível, as relações não seriam necessárias já que o amor próprio nos bastaria.
   A construção do amor ao outro nos põe em maus lençóis (sempre), via de regra não dá pra definir alguém com base no que nós sabemos dela. Às vezes até resistimos em definirmos nós mesmos, por que não termos certeza de quem somos. A complexidade das pessoas parte dos níveis mais básicos até os ainda não desvendados. Se uma pequena célula no nosso corpo possuí uma complexidade particular, contabilize isso em todas as células do seu corpo e perceba que você é complexo desde o seu desenvolvimento enquanto ser vivo.
   Escrevi tudo isso pra dizer que depositar esperanças nos outros é autodegradante, mesmo que você acredite que conhece aquela pessoa muito bem, estamos passíveis e sujeitos a mudanças. Esperar que o outro nos compreender é exigir de alguém algo que nem você mesmo pode fazer. Se definir é se limitar e esperar que o outro te enxergue como você se vê é tornar-se suscetível a dor. As desilusões nascem do sentimento de esperança, então... não espere! Se entender, se conhecer e se reconhecer é um exercício diário - que deve ser feito não só externamente - se você não se conhece você não pode exigir isso de ninguém. O mesmo vale se falar de amor... 

   Um beijo, um queijo, um xêro, sintam-se tod@s abraçad@s. Não enlouqueçam, nunca se esqueçam de desacelerar.

 
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