Este Blog nasceu com uma finalidade: relaxar. Duas amigas, sem cobranças, sem metas, sem datas, compartilhando o que houver de momentâneo. Comidas, maquiagem, militância, jogos, música, sentimentos, momentos, esquisitices e afins, vai estar tudo aqui, com o melhor do gostinho que só Salvador sabe temperar as coisas. Então quando você achar que precisa TAKE IT EASY, estaremos aqui.

A paz de estar sozinho

domingo, 13 de novembro de 2016

     Um amigo me deu a ideia de chamar esse texto de "Sobre presenças e mudanças: Ensaios de uma vida adulta", e não duvidem que ele está super certo em chamar esse meu louco devaneio com esse nome. Ultimamente tenho pensado muito sobre solidão: sobre estar sozinho, sobre querer estar sozinho, sobre permanecer sozinho e sobre se acostumar com o vazio das ausências. Mas afinal: é impossível ser feliz sozinho?
     Talvez você esteja se sentindo meio vazio sem saber o motivo, ou é só uma sensação de que algo de errado não está certo em você, não é? E então você percebeu que aquelas pessoas que estão sempre ao seu redor são insuficientes pra "cobrir" esse buraco repentino que surgiu em você. Tem um filósofo muito importante que falou uma coisa muito bonita sobre isso "não me roube a solidão sem antes me oferecer a verdadeira companhia", Nietzsche estava certo - não ocupe o seu vazio com pessoas vazias, você pode até transformar no adágio popular "antes só que mal acompanhado" - eu prefiro dizer sempre "antes sol do que mal iluminada", afinal, agora eu tenho uma outra perspectiva sobre estar sozinha.
     O que acontece é que de repente enxerguei um mundo com uma grande gama de pessoas vazias e rasas, pessoas sem profundidade e sem interesse real de entrega. Ninguém conhece ninguém na verdade. Mesmo que o processo seja árduo e lento, algumas pessoas são capazes de se entregar e mostrar a sua alma. Existem pessoas que acreditam que as relações vão além da conversa no barzinho ou o desabafo sobre o namoro ruim - preste atenção: as pessoas são mais que isso.

Se você mergulhar dentro de si, morre afogado ou morre de sede?
     Tenho uma amiga que diz "você tá de bode com o mundo", é a sensação de que nada está no lugar apesar de tudo estar na mais perfeita ordem. É quando o estranhamento começa a te assolar, é quando você começa a enxergar um padrão nas pessoas ao seu redor: mas para um pouco ai! Todo mundo tá andando na mesma direção, porque que isso é tão claro e ninguém resolve esse problema?
     Olha, eu tenho uma teoria simples chamada "mal da geração", a tal da geração da tecnologia está sempre muito online e pouco in vivo: as conversas que fluem levemente em whats app e quase não ocorrem de forma presencial porque as pessoas "não sabem o que dizer". É incrível como a digitalização das relações facilitou muita coisa: o acesso as pessoas que estão distantes, por exemplo. E como dificultou muita coisa: o comodismo de não precisar sentir. Fazemos parte, e eu não estou fora disso, de um grupo de pessoas que não gosta de sentir, que não se abre para e que tem medo de se machucar. Bauman acertou, a marca maior dessa sociedade é a fluidez - é tudo mais efêmero do que deveria.
   Os joguinhos criados nas relações começam na primeira oportunidade em que a luta por "quem demostra menos" começa, mas nesse jogo todos os envolvidos perdem: perdem a oportunidade de conhecer pessoas incríveis, e sem dúvida perdem a chance de viver momentos e de aprender coisas que poderiam ser determinantes na formação de quem nós somos. E então cheguei aonde eu queria chegar - na formação de quem nós somos, mas afinal, porque a nossa geração é tão "vazia"?
     De onde vem esse vazio incessante que é reconhecido na grande massa de jovens adultos? Será que é por causa das gerações anteriores que nos "influenciaram" mal, e nos formaram pessoas tão medrosas? Prometo que no dia que eu encontrar resposta para essas questões eu conto pro mundo, mas por enquanto tudo é especulação. Quem nós somos? Porque somos tão misteriosos? Porque temos tanto medo? Porque no final das contas estamos sempre tão vazios? Porque eu cheguei a conclusão de que É SIM possível ser feliz sozinha.
      Nos últimos tempos o papel de observadora me ensinou mais do que se pode aprender em uma vida inteira de atuante. Observar os comportamentos e como as relações se dão, onde se encontram os refúgios e os pontos de salvação, me ensinou que estar sozinho não é pior coisa que pode te acontecer - muito pelo contrário, é preciso saber ser feliz consigo mesmo em primeiro lugar, estar sozinho nunca será estar só. 
     A partir do momento que você enxerga que existe um oceano não explorado dentro de você, você começa a enxergar como existe um oceano não explorado dentro de cada pessoa e em cada relação criada ao longo da vida - fica fácil enxergar onde é poça rasa e onde é mar aberto. As pessoas não são rasas, mas os bloqueios criados por uma série de condicionantes as tornam superficiais. Mergulhar em si é encontrar uma quantidade incalculável de respostas para as questões que sempre estiveram respondidas e você nunca enxergou. Mergulhar em si é enxergar que "todo amor é um mar sem fim" e que dentro de cada um existe um universo não explorado. Conhecer alguém vai muito além de ser um ombro pra chorar. Saber quem está do seu lado é importante pra entender quem você realmente é.
      O legal de se sentir sozinho é a liberdade de viver o que se sente na maior sinceridade possível, não existem julgamentos (prévios e posteriores) afinal são os seus sentimentos, e você está ali consigo mesmo. A partir do momento em que a sua companhia lhe bastar, tudo estará na mais perfeita ordem, porque é sozinho que se encontra a verdade companhia.

Que a sua companhia lhe baste. Um Beijo, um queijo, um Xêro. <3 

Ib, meu eterno amor e uma ótima recomendação

sábado, 12 de novembro de 2016

 “Ib” é um jogo 2D do gênero de horror, drama e mistério feito por RPG Maker 2000. Ele foi lançado em 27 de Fevereiro de 2012 e foi criado por Kouri, um artista japonês. O jogo tem uma visão conhecida como “bird's eye view” ou “top-down perspective”, onde você observa a personagem por cima, sendo um tipo de visão em terceira pessoa.
Nesse jogo, você controla uma garota de aproximadamente 9 anos chamada “Ib” através de uma galeria de arte que a mesma vai visitar com seus pais, onde acabam acontecendo coisas muito atípicas após você interagir com um dos quadros. Durante o gameplay, você deve resolver puzzles para progredir na história.

OBS: Essa é uma análise spoiler free, então não contêm spoilers, fique tranquilo




 
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